NR 1 – Gerenciamento de riscos ocupacionais: Inventário de riscos e matriz de riscos na prática
A Norma Regulamentadora (NR) 1 estabelece diretrizes para a gestão de riscos ocupacionais. Uma das etapas fundamentais desse processo é o levantamento de riscos e a criação de uma matriz de risco.
O inventário de riscos consiste na identificação e avaliação dos perigos presentes no ambiente de trabalho. Essa análise permite que a empresa compreenda quais são os riscos mais relevantes e quais medidas preventivas devem ser adotadas.
A matriz de risco, por sua vez, organiza essas informações de forma visual e estratégica. Ela classifica os riscos de acordo com sua probabilidade de ocorrência e sua gravidade. Com isso, é possível priorizar as ações corretivas e preventivas, direcionando recursos e esforços de acordo com a necessidade.
Neste artigo, iremos explorar de forma prática como realizar um inventário de risco e utilizar uma matriz de risco conforme exigido pela NR 1.
Introdução ao gerenciamento de riscos ocupacionais
O gerenciamento de riscos ocupacionais é uma etapa essencial para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. A Norma Regulamentadora (NR) 1 estabelece diretrizes para esse processo, com o objetivo de identificar e controlar os riscos presentes nos ambientes de trabalho.
Um dos estágios-chave nesse processo é a avaliação de riscos e a criação de uma matriz de riscos. Essas ferramentas são fundamentais para que as empresas compreendam quais são os riscos mais relevantes e quais medidas preventivas devem ser adotadas.
O inventário de riscos consiste em identificar e avaliar os perigos presentes no local de trabalho. Essa análise permite que a empresa entenda quais são os riscos mais relevantes e quais medidas preventivas devem ser adotadas.
Já a matriz de riscos organiza essas informações de forma visual e estratégica. Ela classifica os riscos de acordo com sua probabilidade de ocorrência e severidade. Isso possibilita priorizar ações corretivas e preventivas, direcionando recursos e esforços adequadamente.
A combinação do inventário de riscos e da matriz de riscos é fundamental para um gerenciamento eficaz dos riscos ocupacionais. Essas ferramentas permitem que as empresas tenham uma visão clara dos riscos presentes em seu ambiente de trabalho e tomem medidas adequadas para garantir a segurança dos trabalhadores.
Entendendo o processo de inventário de riscos
O inventário de riscos é um processo que envolve a identificação e a avaliação dos perigos presentes no ambiente de trabalho. Para realizar um inventário de riscos eficaz, é necessário seguir algumas etapas fundamentais.
A primeira etapa consiste em identificar os perigos existentes. Isso pode ser feito por meio de observação direta, análise de documentos e relatórios, entrevistas com os trabalhadores, entre outras técnicas. É importante envolver os colaboradores nesse processo, pois eles possuem conhecimento prático das atividades e podem contribuir com informações relevantes.
Após a identificação dos perigos, é necessário avaliar sua gravidade e probabilidade de ocorrência. Essa avaliação pode ser feita utilizando critérios estabelecidos pela empresa ou por normas regulamentadoras, como a NR 1. É importante considerar não apenas os riscos imediatos, mas também os riscos potenciais, ou seja, aqueles que podem ocorrer devido a falhas nos sistemas de segurança ou em outras condições.
Realizar um inventário de riscos eficaz requer uma abordagem sistemática e detalhada. Para auxiliar nesse processo, elaboramos um guia passo a passo que pode ser seguido pelas empresas.
Etapa 1: Identificar os perigos
Um perigo é qualquer coisa que tenha o potencial de causar danos a pessoas, propriedades ou processos. Isso inclui desde maquinário pesado até produtos químicos, eletricidade, trabalhar sozinho ou até mesmo dirigir.
Alguns perigos podem ser identificados simplesmente observando minuciosamente o local de trabalho. No entanto, outros perigos – especialmente situações não rotineiras como manutenção ou limpeza – podem ser mais difíceis de observar.
Nesse caso, conversar com trabalhadores que estejam familiarizados com a tarefa ou instalação, fazer muitas perguntas e capturar observações dos funcionários podem ajudá-lo a identificar perigos potenciais que de outra forma poderiam ter passado despercebidos.
Etapa 2: Determinar quem pode ser prejudicado e como
À medida que você identifica os perigos, será necessário pensar nas possíveis consequências de cada perigo. Por exemplo, se você identificou produtos químicos armazenados de forma inadequada como um perigo, algumas das possíveis consequências podem ser:
· Produtos químicos podem degradar
· Trabalhadores ou equipe de limpeza podem ser expostos a uma substância perigosa
· Vazamentos ou derramamentos
· Incêndio ou explosão
É importante lembrar que as avaliações de riscos cobrem não apenas os perigos para os funcionários, mas para qualquer pessoa que possa ser impactada por suas operações. Subcontratados, pessoal de manutenção e limpeza, clientes, visitantes, a comunidade e o meio ambiente devem ser cuidadosamente considerados durante a avaliação de riscos. Por exemplo, um vazamento acidental de produtos químicos pode impactar não apenas suas operações, mas também o fornecimento local de ar ou água.
Etapa 3: Avaliar e priorizar
Em seguida, será necessário determinar o nível de risco relacionado a cada perigo identificado. Alguns riscos – como o risco de explosão química – são muito graves, mas muito improváveis de ocorrer. Outros riscos podem ter menos potencial de causar danos, mas são mais propensos a ocorrer.
Não faz sentido implementar controles para todos os riscos identificados – nem seria viável fazê-lo. Em vez disso, você precisará concentrar seus esforços nos riscos mais graves e mais propensos a ocorrer.
Uma maneira de determinar quais riscos são mais sérios e, portanto, precisam de controles é usando a pontuação de risco. A pontuação de risco é o processo de atribuir um valor numérico a um risco, dependendo de sua gravidade e da probabilidade de ocorrer. A pontuação oferece uma maneira objetiva de comparar e priorizar riscos em toda a sua organização.
Etapa 4: Implementar controles
Depois de determinar quais riscos representam a maior ameaça, será necessário decidir o que deve ser feito para eliminar ou reduzir o risco.
Os controles incluem medidas como políticas, procedimentos, treinamento, ferramentas ou equipamentos de proteção individual que ajudam a gerenciar o risco.
Por exemplo, um procedimento de bloqueio/etiquetagem pode ajudar a controlar o risco de lesões quando o equipamento está passando por manutenção.
É importante que suas medidas de controle sejam específicas. Declarações vagas e genéricas como “estar atento” ou “usar EPI” são comumente vistas em avaliações de risco e não fazem nada para tornar o ambiente de trabalho mais seguro.
Etapa 5: Revisar e monitorar controles
Depois de implementar os controles, é importante revisá-los e monitorá-los regularmente. O monitoramento garante que os controles estejam sendo implementados corretamente e que sejam eficazes na mitigação dos riscos identificados. Também ajuda a determinar se algo mudou que impacte seus controles, ou se há algo que você possa ter deixado passar despercebido.
A importância do inventário e matriz de riscos no gerenciamento de riscos ocupacionais
O gerenciamento de riscos ocupacionais, como delineado na Norma Regulamentadora (NR) 1, é uma peça fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A condução de um inventário de riscos eficaz e a utilização de uma matriz de riscos são passos cruciais nesse processo.
Ao longo deste artigo, exploramos a importância dessas ferramentas e oferecemos orientações práticas para sua implementação. Desde a identificação dos perigos até a avaliação e priorização dos riscos, cada etapa é essencial para garantir um ambiente de trabalho seguro.
É imperativo que as empresas compreendam os riscos presentes em seu ambiente de trabalho e tomem medidas adequadas para mitigá-los. A combinação do inventário de riscos e da matriz de riscos proporciona uma visão clara e organizada dos perigos, permitindo que sejam priorizadas as ações corretivas e preventivas necessárias.
Além disso, a revisão e monitoramento contínuos dos controles implementados garantem que a segurança no local de trabalho seja uma prioridade constante. Somente por meio de um compromisso contínuo com o gerenciamento de riscos ocupacionais podemos garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos.